Todos conhecemos alguém na nossa família ou círculo de amigos que tem umas fotografias antigas lá por casa, uns discos, um jornal ou revista, umas cassetes de áudio ou vídeo que registam um acontecimento, uma viagem, um evento ou um simples retrato.
Ao longos dos anos muitos desses registos passam da estante da sala para uma gaveta, da gaveta para umas caixas e mais tarde vão morrer como “tralha” algures numa arrecadação. Com o tempo perdem o seu valor e o significado. Alguns familiares vão morrendo e aquilo fica por lá.
Independentemente da qualidade do suporte ou da técnica, pois era a possível nesses tempos, apercebemo-nos do valor desses registos, dessa “tralha”.
Foi com o intuito de salvaguardar essas memórias e trazê-las de novo à vida, que, aos poucos, e quase desapercebidamente, fui juntando um pequeno e modesto arquivo, que vai crescendo aos poucos.
Quando se folheia um álbum, quando abrimos uma caixa com centenas de fotografias, negativos, slides, filmes em película ou quando se ouvem as antigas bobines de áudio aos poucos vamos descobrindo agradáveis surpresas das quais não estávamos à espera.
Afinal ainda há vida na “tralha”!!
tralha* - tra.lha | ˈtraʎɐ
Origem da palavra: Do latim tragŭla-, «rede»
substantivo feminino
1. pequena rede de pesca
2. NÁUTICA cabo com que se reforçam e circundam velas e redes
3. malha de rede
4. popular conjunto de móveis ou utensílios caseiros de pouco valor
* dicionário da Lingua Portuguesa - Porto Editora